Os Rappers da Nova Geração

 

Essa nova geração do rap brasileiro prova que é possível evoluir sem esquecer as raízes. Com estilos diferentes, mas com o mesmo espírito de resistência e criatividade, esses artistas levaram o rap para novos públicos, linguagens e plataformas.

Eles rimam sobre tudo: amor, dor, vitória, fé, racismo, autoestima e poder. Representam o Brasil de verdade — plural, intenso, e cheio de vozes potentes. O rap brasileiro nunca foi tão ouvido, discutido e celebrado, e essa galera tem um papel enorme nisso.

Eles não só rimam: eles representam. E o melhor — ainda estão só começando


Emicida- Rapper e compositor

Emicida – A Caneta que Toca os Corações

Leandro Roque de Oliveira( São Paulo,  17 de agosto de 1985.

Emicida é um dos artistas mais inteligentes e criativos do Brasil. Começou nas batalhas de freestyle em São Paulo e logo virou referência. Mas ele não parou por aí: Emicida é rapper, empresário, escritor e uma voz forte na cultura brasileira.

Seu estilo mistura rap com MPB, samba, e até música africana. Ele fala de identidade negra, autoestima, família, racismo e fé com uma sensibilidade rara. O álbum “AmarElo” (2019) virou um fenômeno, levando o rap brasileiro a novos públicos e espaços — até o Theatro Municipal de SP.

Além da música, Emicida criou o selo Laboratório Fantasma, uma marca que une moda, arte e empreendedorismo preto. Ele também lançou um documentário na Netflix e livros infantis com mensagens poderosas.

Emicida não rima por rimar. Ele quer emocionar, ensinar e levantar quem está caído. Um verdadeiro mestre da palavra.

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Criolo – Do Grajaú para o Mundo

Criolo- Rapper e Compisitor

Kleber Cavalcante Gomes (São Paulo, 5 de setembro de 1975)

Criolo é um artista que não gosta de rótulos. Começou no rap, mas sua música abraça samba, reggae, soul e até rock. Ele vem do Grajaú, zona sul de São Paulo, e é conhecido por suas letras profundas e cheias de sentimento.

O álbum “Nó na Orelha” (2011) foi um divisor de águas, com músicas como “Não Existe Amor em SP” e “Subirusdoistiozin”, que fizeram o país todo parar para ouvir. Criolo fala de amor, dor, desigualdade, racismo e fé com poesia pura.

Mais que cantor, ele é um pensador da música brasileira. Não tem medo de mudar, de experimentar, de se reinventar. E tudo que faz, faz com alma.

Criolo é daqueles que tocam o coração e a mente ao mesmo tempo. Um verdadeiro artista completo.

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Djonga – A Voz Braba da Nova Geração

Djonga- rapper e compositor

Gustavo Pereira Marques (4 de junho de 1994, Belo Horizonte, MG)

Direto de Belo Horizonte, Djonga é o nome mais quente do rap nacional nos últimos anos. Seu estilo é agressivo, direto e cheio de atitude. Com rimas afiadas e presença de palco intensa, ele conquistou uma legião de fãs em todo o país.

Desde o álbum “Heresia” (2017), Djonga não parou. Ele lançou um álbum por ano até 2022, sempre com mensagens fortes sobre racismo, orgulho negro, periferia e poder pessoal. Ele fala com a quebrada, mas também desafia os poderosos com suas palavras.

Djonga é um artista sem medo, que fala o que pensa e defende suas ideias com garra. Ele é inspiração para jovens pretos e periféricos que veem nele um exemplo de sucesso sem abrir mão das raízes.

Se o rap tem futuro, Djonga é uma das provas disso.

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BK’ – O Lírico do Asfalto

BK - Rapper e compositor

Abebe Bikila Costa Santos (Rio de Janeiro,  20 de março de 1989) 

Direto do Rio de Janeiro, BK’ é considerado um dos melhores letristas do rap nacional atual. Ele é conhecido por seus álbuns bem construídos, com rimas fortes, produção refinada e muita reflexão. BK’ é o tipo de artista que não solta verso à toa — tudo tem peso, intenção e emoção.

Desde o disco “Castelos & Ruínas” (2016), ele mostrou que veio pra marcar a cena. Seus projetos seguintes, como “Gigantes” e “O Líder em Movimento”, consolidaram sua posição entre os grandes, com letras que falam sobre racismo, autoestima, periferia e também sobre sucesso e desafios pessoais.

BK’ tem uma escrita afiada, que mistura filosofia de rua com vivência. Ouvir um som dele é mergulhar em uma jornada de rima e consciência.

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Filipe Ret – Poesia e Ostentação com Consciência


Filipe Ret- Rapper

Filipe Carneiro de Macedo da Silva Faria( Rio de Janeiro, 19 de junho de 1985)

Filipe Ret, também do Rio, é um nome que mistura lírica poética com doses de ostentação e espiritualidade. Ele ficou conhecido pelo estilo único de rima, sempre com um tom emocional, filosófico e, ao mesmo tempo, urbano.

Com álbuns como “Vivaz”, “Audaz” e “Imaterial”, Ret construiu uma base de fãs fiel, que vê nele alguém que representa os sonhos de quem veio de baixo. Ele fala de vencer na vida, mas sem esquecer a humildade e a caminhada.

Ret tem uma escrita diferente: fala de Deus, dinheiro, lealdade, ego, sucesso — tudo isso com flow e intensidade. Um artista que inspira e provoca ao mesmo tempo.

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Orochi – A Máquina de Hits do Trap BR

Orochi- rapper 

Flávio Cesar Costa de Castro( São Gonçalo, RJ 24 de março de 1999)

Orochi é um fenômeno. Nascido e criado em São Gonçalo (RJ), começou nas batalhas de rima e logo explodiu com seu estilo agressivo e carismático. Hoje, é um dos maiores nomes do trap no Brasil, com milhões de ouvintes e clipes de alto impacto.

Ele fala sobre vivência, rua, fama, lealdade e também curtição. Seus sons, como “Balão”, “Amor de Fim de Noite” e colaborações com outros nomes da cena, dominam as playlists e as redes sociais.

Mas Orochi também é empresário: fundou a Mainstreet Records, um dos selos mais fortes do rap atual. Ele está sempre cercado de talentos, investindo na cena e levando o movimento adiante.

Com energia, visão e atitude, Orochi é o presente e o futuro do trap nacional.

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Projota – O Rapper da Ponte Entre Quebrada e Mainstream


Projota- rapper 

José Tiago Sabino Pereira, nascido em 11 de abril de 1986, São Paulo, SP. 

Projota é um dos nomes mais populares do rap nos últimos anos. Vindo da zona norte de São Paulo, ele conseguiu levar o rap para um público mais amplo, sem perder suas raízes. Com músicas como “Muleque de Vila” e “Ela Só Quer Paz”, ele uniu romantismo, crítica social e acessibilidade.

Projota começou nas batalhas, rimando com feras como Emicida e Rashid, e logo ganhou espaço na TV, rádio e grandes palcos. Ele também participou de trilhas de novela, reality show e chegou a lançar livros.

Alguns puristas do rap torcem o nariz para o estilo mais pop de Projota, mas é inegável que ele abriu portas e trouxe o rap para milhões de pessoas. Sua trajetória mostra que é possível evoluir mantendo a essência.

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Rashid – O Equilíbrio Entre Razão e Emoção

Rashid- rapper

Michael Dias Costa, nascido em 21 de março de 1988, São Paulo.

Rashid é outro nome que surgiu das batalhas de MCs e se consolidou como um dos letristas mais elegantes e conscientes do rap nacional. Suas rimas equilibram crítica social com temas pessoais, sempre com profundidade e sensibilidade.

Álbuns como “A Coragem da Luz” e “Crise” mostram sua evolução musical e sua habilidade de se conectar com quem o ouve. Rashid tem flow limpo, beats bem trabalhados e letras que tocam direto o coração — seja falando de amor, superação ou injustiça.

Além disso, ele também investe em projetos independentes com sua gravadora, a Foco na Missão, mostrando que o rap é mais que música: é postura, visão e compromisso.


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